Segundo a Eneida, de Virgílio e Ab Urbe condita libri de Tito Lívio, Eneias, filho de Vénus, foge de Tróia depois da sua queda, nesta fuga, a mulher de Eneias desaparece, e este ruma assim a Itália, mas devido a uma tempestade vê-se obrigado a aportar em Cartago onde é recebido pela rainha Dido.
Depois de várias viagens pelo Mediterrâneo, Eneias, chega, como previsto pela sua mãe, a Lácio, onde o rei lhe ofereceu a mão de sua filha, contudo, Lavínia, tinha sido prometida ao rei dos Rútulos, Turno.
A disputa pela mão da princesa tornou-se numa guerra violenta, que só foi resolvida com o duelo até a morte entre Turno e Eneias. Este último saiu vencedor, casou, e fundou a cidade de Lavínio.
Quatrocentos anos mais tarde, os seus descendentes governam a Lácia, quando Numitor é deposto pelo seu irmão Amúlio, este temendo a descendência do rei, matou o seu sobrinho e condenou a sua sobrinha a castidade eterna. Reia Sílvia não cumpriu e para se desculpar, disse que tinha sido seduzida pelo Deus da guerra, Marte. Reia deu à luz os gémeos Rómulo e Remo.
Amúlio com receio que os gémeos o viessem a enfrentar e tomar o seu trono, prendeu Reia num calabouço e condenou à morte Rómulo e Remo, mas perante a falta de coragem do servo encarregado de suas mortes, este abandona-os no rio Tribe. Uma loba atraída pelo choro dos irmãos, os alimentou, até que um pastor os encontrou, levou-os para casa e os criou.
Anos mais tarde, os gémeos, voltam para onde tinham sido abandonados e resolvem fundar uma nova cidade. Rômulo quer baptizá-la como Roma e construí-la sobre o Palatino, enquanto Remo deseja chamá-la de Remora e por sua vez construí-la sobre o Aventino.
Devido as desavenças entre os dois irmãos, Rómulo mata Remo, a versão mais notável é aquele que Remo escalou as muralhas recém construídas e Rómulo enraivecido exclamou: "Assim, de agora em diante, morra quem escalar os meus muros!"
Foi então, em 753 a.C., fundada a cidade de Roma
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Fuga de Eneias de Tróia |
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Loba que amamentou os gémeos, Rómulo e Remo |