quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Alguns Símbolos Romanos: a Águia, a coroa e a sigla SPQR

Para o nosso portefólio decidimos usar esta imagem para caracterizar o poder dos romanos. Como tal, decidimos postar aqui o significado que estes três símbolos tinham para este povo.

Águia: símbolo das legiões romanas, inicialmente feita de prata e ouro e posteriormente de apenas ouro, ainda que viajasse com o exército, eram raras as ocasiões que saía do acampamento

Coroa Triunfal: era oferecida aos generais vitoriosos como símbolo do seu poder.

SPQR:  ou Senatus Populusque Romanus ( O senado e o povo Romano),  nome oficial do império romana e presente nos estandartes das legiões, bem como nos edifícios, públicos ou privados e tampas de esgoto, ainda visíveis hoje em dia.
Na versão italiana de Astérix, estas iniciais significam Sono Pazzi Questi Romani (São loucos, estes romanos).  

Segundo Triunvirato

Caio Júlio César Octaviano Augusto, Marco António e Marco Emílio Lépido fizeram entre si um acordo de paz, e no final de 43 a.C.,formaram o segundo triunvirato com o objectivo de governar as províncias romanas, o Senado reconheceu durante 5 anos este triunvirato.
Este triunvirato foi marcado pela repressão aos senadores,ao oponentes dos triunvirus,foram confiscadas enumeras propriedades.
Octávio e Marco António iniciaram uma campanha contra os lideres do assassinato de Júlio César,os republicanos Marco Bruto e Caio Longino,que culminou com o suicídio de ambos em 42 a.C. após a derrota na batalha dos Filipos(Macedónia).
Com o objectivo de recompensar as legiões ,Augusto confiscou as terras de 18 cidades italianas,o descontentamento resultante foi aproveitado pelos amigos de António.Octávio conquistou a Perugia em 40 a.C. ajudado pelo grande chefe militar Agripa,com esta conquista Octávio silenciou os seus adversários.
Em meados do ano 40 a.C. o controlo do império romano foi dividido entre os triunvirus através dos acordos de Brindisi.Octávio passou a controlar a maior parte das províncias ocidentais, Marco António as orientais e Lépido , a África. Marco António e Octávio que dispotavam o controlo de Itália , resolveram as suas diferenças e, para selar o acordo no ano de 37 a.C. Octávio entregou a sua irmã Octávia em matrimónio a Marco António.Instaurou-se um clima de paz e no mesmo ano o triunvirato foi renovado por mais cinco anos.
Restava agora o ultimo opositor importante do triunvirato, Sexto Pompeu filho de Cneu Pompeu Magno. No ano de 36 a.C. Augusto derrotou finalmente Pompeu em Naloque na Sicília e pouco tempo depois sem consultar António que estava ausente no Oriente a lutar contra os partos, Octávio afasta Lépido do poder deixando-lhe apenas a dignidade pontifícia.
Este triunvirato foi dissolvido por António ao devolver Octávia a Roma e desposou Cleópatra, a quem César tinha nomeado rainha do Egipto.
Marco António ao permanecer no Egipto ameaçou a posição de Octávio ,visto que era o único sucessor de César e a guerra tornou-se assim inevitável. As campanhas de orientais de António serviram de pretexto para que Octávio proclamasse a traição do adversário e a sua intenção de formar um reino independente de Roma. Esta declarou guerra ao Egipto e Octávio foi nomeado cônsul para combater António e Cleópatra, cujos exércitos foram vencidos na batalha de Áccio em 31 a.C.
Depois da derrota, o território do Egipto foi incorporado a Roma,no ano seguinte Marco António e Cleópatra suicidaram-se. Cesarión,filho de Cleópatra foi assassinado e no ano de 29 a a.C. Octávio volta para Roma triunfante como Senhor único do poder e recebeu, com o nome de Augusto no ano de 27 a.C.

Marco António
Lépido
Octávio

República: o papel do senado


A principal instituição de República romana era Senado, responsável pela direcção de toda política romana. Formado por patrícios, que ocupavam a função de forma vitalícia, o Senado era o responsável pela condução da política interna e da política externa.
Escolhia os magistrados, que eram cargos executivos. Os magistrados eram indicados anualmente e possuíam funções de natureza judiciária e executiva. A seguir as principais magistraturas de Roma:
-Consulado: magistratura mais importante, ocupado por dois militares. Um agia em Roma e outro fora de Roma. Em casos de extrema gravidade interna ou externa, esta magistratura - como de resto, as outras também - era substituída pela Ditadura ­uma magistratura legal com duração de seis meses.
-Tribunos da plebe: representantes da plebe junto ao Senado. Possuíam o poder de vetar as decisões do Senado que envolvessem os plebeus, assegurando assim seus direitos.
-Questor: responsável pela arrecadação de impostos.
-Pretor: encarregado da justiça civil.
-Censor: zelava pela moral pública ( a censura) e realizava a contagem da população ( o censo ).
-Edil: cuidava da manutenção pública -obras, festas, policiamento, abastecimento.
Para completar a organização política, restam as Assembleias que eram em número de três:
-Assembleia Centuriata: a mais importante da República. Responsável pela votação de todas as leis. Monopolizada pelos patrícios.
-Assembleia Tribunícia: composta pelas tribos de Roma. Aqui a votação era colectiva, pela tribo. O número de tribos de patrícios era maior do que de plebeus.
-Assembleia da Plebe: uma conquista dos plebeus. Tinha por finalidade escolher os tribunos da plebe.
As leis votadas nesta assembleia serão válidas a todos os cidadãos, trata-se do plesbicito.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Primeiro Triunvirato

Em 59 a.C., os três homens mais poderosos de Roma, Júlio César, Pompeu e Crasso, firmaram um acordo táctico denominado triunvirato (governo de três pessoas), para dividir o governo. A palavra triunvirato deriva de dois radicais do latim: trium- (três) e vir (homem).
Júlio César era um cônsul que fora eleito por volta de 50a.C, Pompeu foi um grande general, aclamado por suas conquistas e Crasso era reconhecido como o homem mais rico de Roma. Os motivos desta união era puro interesse, onde Pompeu precisava de terras para distribuir à suas Legiões veteranas de combate, Crasso queria apoio para uma guerra contra os Persas e Júlio César apoio para combater os Gauleses ao norte. De facto isto aconteceu, onde Júlio César conseguiu terras para as legiões veteranas, Pompeu incentivou a batalha de César contra os Gauleses e Crasso fora beneficiado judicialmente a partir de tudo isso.
Gaius Julius César parte para o combate contra os Gauleses e nisso, Pompeu e Crasso são eleitos Cônsules , o que proporciona um apoio e prolongamento do comando de César no norte da Gália e fundos para a guerra de Crasso contra o império Parto.
Em 53 a.C, a sobrinha de Gaius Julius César que era a esposa de Pompeu morre, enfraquecendo as relações entre os generais. Nesta época, Crasso é morto na batalha de Carras, contra o império Persa.

Na Gália, César tinha derrotado os Gauleses, capturando o líder gaulês, Vercingétorix, e avançado pelas florestas Germânicas até as ilhas Britânicas, aumentando consideravelmente as fronteiras Romanas.
Por sua vez, Pompeu, aliara-se as mais conservadores que temiam a ambição de César. As relações continuavam a piorar com o casamento de Pompeu com Cornélia Metélia ( filha de um inimigo de Julius César), o que levou ao início da Guerra Civil.
Quando Pompeu ordena que César regresse a Roma para ser julgado, este último reúne o apoio de suas legiões e marcha sobre Roma. " Alea Jacta Est!" ( Que os dados estejam lançados) palavras de César quando cruzou o rio Rubicão.
Os seus principais opositores fugiram para o sul da península Italiana e para a  Grécia, bem como a reorganização de Roma e dos seus exércitos depois das vitórias iniciais, Julius César parte para a Grécia onde o derrota na batalha de Dyrrhachium e novamente na batalha de Farsalo.
O primeiro triunvirato estava finalmente dissolvido, a república terminava e tornava-se agora em uma Ditadura comandada por Gaius Julius César, tendo como Magister equestris, Marco António.


Júlio César                                      Pompeu                                      Crasso                                          

A crise da República Romana

A crise da República Romana teve o inicio quando o Senado passou a ter o seu poder desafiado por alguns generais de alto poderio militar.
A partir de 238 a.C., Roma passou a ter províncias, sendo a primeira delas Córsega e Sardenha, seguida pela Sicília, em 241 a.C.
Além disso, o aumento do território e da duração temporal das guerras de conquista obrigou o senado romano a criar o pro-rogatio, que era a prorrogação do tempo do mandato do pro cônsul
ou do pró-pretor provincial, que era o funcionário da administração central incumbido encarregado de governar a nova província.
Com tudo isto o poder e a influência concentravam-se em alguns generais que desafiavam a tradicional classe senhorial.
Pode-se afirmar que um dos momentos mais críticos da República Romana até o primeiro triunvirato teria sido a ditadura de Lúcio Cornélio Sula, que chegou a marchar com seu exército sobre Roma. Desde o fim das Guerras Púnicas, o cargo de ditador romano havia sido abolido por ser considerado perigoso conceder a um único homem tanto poder. Porém, o cargo foi reintroduzido em 81 a.C. por Sula, no fim da guerra civil com a facção de Caio Mário.
Durante este período turbulento, floresceu um dos mais importantes filósofos e políticos de toda a História de Roma: Marco Túlio Cícero. Cícero foi um dos grandes defensores da República.
Além da reimplantação da ditadura em Roma, houve outros motivos para o colapso da República Romana, entre eles o fracasso dos irmãos Gracos ao tentar realizar uma reforma agrária; guerras civis e revoltas populares; movimentos separatistas e revoltas de escravos. A estrutura política da República era então inadequada ao Império.

República

A República Romana (do latim res publica, "coisa pública"), é o termo utilizado para definir o Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a.C.
Durante o período republicano, Roma transformou-se de simples cidade-estado em um grande império, voltando-se inicialmente para a conquista da península Itálica e mais tarde para todo o mar Mediterrâneo.
Durante a monarquia romana, Roma havia imposto o seu domínio no Lácio, conquistando Alba Longa e estendendo o seu território até a foz do rio Tibre.
No início do século V a.C., o objetivo fundamental da aristocracia romana era manter sua hegemonia na região do Lácio, o que preocupava as cidades etruscas.
Depois do fim da supremacia dos etruscos, na península Itálica em fins do período monárquico e início da República, as cidades latinas formaram uma liga contra Roma para fazer frente a suas pretensões expansionistas. Denominou-se Liga Latina.

A expansão fora do território da península Itálica teve início com as Guerras Púnicas contra Cartago, cidade-estado fenícia localizada no Norte da África, que por volta do século III a.C. dominava o comércio do Mediterrâneo.
Os conflitos entre Roma e Cartago iniciaram-se a partir da expansão romana pelo sul da península Itálica. O motivo da guerra foi o choque entre o expansionismo romano e o cartaginês.
As forças das duas potências eram bastante equilibradas, pois o poderio de ambas era sustentado por uma comunidade de cidadãos e um poderoso exército, apoiados por aliados em caso de guerra.
Nas três Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.), os romanos venceram os cartagineses. Dominaram a Sicília, a Córsega e a Sardenha, além da península Ibérica, que foi totalmente submetida a Roma após a derrota dos celtiberos, habitantes da península, em 133 a.C. A Lusitânia foi conquistada em 140 a.C., quando os lusitanos, liderados pelo pastor Viriato (que foi morto à traição), foram vencidos pelas tropas romanas. Parte do Norte da África também foi subjugado pelos romanos, a partir da queda e destruição de Cartago, em 146 a.C. Todo o mediterrâneo ocidental passou para o domínio romano.
 Ruínas de Cartago
Expansão da República Romana até 146a.C. 


Da Monarquia à República

 Regnum Romanum é expressão em latim usada para descrever a fase que começou em 753 a.C.  e terminou em 509 a.C. com a queda do último rei Tarquínio.
O rei era eleito depois de uma escolha inicial do povo, esta escolha era feita através da assembleia curiata. Uma vez aceite o candidato era sujeita a uma cerimónia em que era mostrado ao povo que os deuses favoreceram a sua escolha, então a mesma assembleia, a curiata, entregaria através da aceitação de uma lei (Lex curiata de imperium), que era proposta pelo o futuro rei, uma vez aceite era entregue o o trono.
As instituições romanas desta época consistiam no senado romano e assembleia curiata.
O senado de Roma era uma espécie de conselho de anciãos, formado apenas pelas famílias mais importantes da cidade. Essas famílias faziam parte dos patrícios, ou seja, a aristocracia de Roma. Tem como função discutir e vetar as leis apresentadas.
A assembleia Curiata era composta pelos cidadãos. Cabia a assembleia aprovar o rei, declarar a guerra e afirmar a paz. Tinha ainda o poder de aprovar e rejeitar leis.
Depois da expulsão do último rei o Senado aboliu a monarquia e converteu Roma em uma república tendo como primeiros cônsules Lúcio Júnio Bruto e Lúcio Tarquínio Colatino, que acabaram por conquistar a maior parte do mediterrâneo.